Ensaio da Paixão

Tezza, Cristovão
RECORD

69,90

Sob encomenda
11 dias


Vencedor dos principais prêmios literários do país, Cristovão Tezza lança uma nova edição de Ensaio da paixão, romance de sua juventude, inspirado nos anos em que fez parte de uma comunidade de teatro, e uma sociedade alternativa, liderada pelo escri tor e dramaturgo W. Rio Apa.   Antes de se tornar o renomado romancista, cronista e crítico que é hoje – com uma impressionante lista de livros publicados e laureado com vários dos principais prêmios da literatura brasileira, como o Prêmio Jabut i, Pêmio São Paulo de Literatura e Prêmio Literário Biblioteca Nacional –, Cristovão Tezza, durante os anos de 1968 a 1976, fez parte de uma comunidade de teatro, no litoral do Paraná, liderada pelo escritor, dramaturgo e teatrólogo W. Rio Apa (1925- 2016). Da rica experiência comunitária, de onde se firmou o seu fascínio pelo mundo artístico e literário, nasceu Ensaio da paixão, romance com fortes traços autobiográficos, lançado originalmente em 1986, e que agora ganha uma nova edição revista pe lo autor. A partir de sua vivência pessoal, Tezza elaborou uma narrativa ficcional e satírica, ambientada nos anos de chumbo da ditadura militar. O romance conta a história de um grupo peculiar – composto por habitantes de uma ilha isolada na região sul do Brasil, a Ilha da Paixão –, que se reúne em torno de um único objetivo: encenar a Paixão de Cristo. A peça é produzida todo ano na ilha sob direção de Isaías, o autoproclamado profeta da região. Apesar dos choques entre as personalidades de se us integrantes, de suas diferenças sociais, de suas desvairadas paixões políticas, ideológicas, sexuais e artísticas, o excêntrico rebanho se prepara, em conjunto, para ensaiar e produzir a peça de maneira espontânea, sem seguir nenhum roteiro ao pé da letra. Enquanto se preparam para a grande apresentação, eles combinam trabalho e prazer, ao mesmo tempo em que gozam da liberdade que a ilha proporciona. Contudo, são vistos pelas autoridades repressoras do país como um grupo subversivo e uma fort e ameaça à ordem vigente. Neste romance de sua juventude, Tezza usa o realismo mágico – traço marcante da literatura da época – combinado ao humor explícito, de ritmo acelerado, para dar um exemplo de como funcionavam as comunidades alternativas dos anos 1970 e de como elas eram vistas pelo Estado. A ilha, a formação de um grupo em prol de algo maior que ele próprio, a repressão exercida por um governo autoritário: todos os elementos compõem uma saborosa alegoria de nosso país. Em Ensaio da Paix