O CORPO VULNERADO

ANGÉLICA, MELENDI
COBOGO

90,00

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O corpo vulnerado reúne ensaios de Maria Angélica Melendi, um dos principais nomes da reflexão teórica e crítica das artes visuais latino-americanas. No livro, a acadêmica e pesquisadora aborda a produção artística na América do Sul que coloca o corp o em evidência, seja mostrando sua face vulnerada por violências e opressões históricas, seja como resistência, força de invenção ou fabulação. Organizado por Eduardo de Jesus, o conjunto abarca as radicais performances de Las Yeguas del Apocalip sis, os bordados de Arthur Bispo, Feliciano Centurión e Leonilson, a relação de Oiticica com os marginais e as cidades expressos em suas obras, as questões políticas do feminino em obras de Anna Bella Geiger, Lygia Pape e Lygia Clark no contexto da d itadura militar no Brasil, a obra-instalação #rioutópico de Rosangela Rennó, a obra de Paulo Nazareth, entre outros. Ao “pensar o Sul como um estado de corpo”, em vez de um “estado de espírito”, a autora apresenta uma visão densa e instigante das rel ações contemporâneas entre arte e política. Trechos “‘Vulnus’, do latim, significa ferida, mas também uma ofensa capaz de desestabilizar princípios ou normas. Por isso podemos pensar em corpos feridos, mas também em corpos que estão sempre à be ira do colapso, instáveis, desassossegados, interrompidos, fragmentados: sempre à procura de espelhos onde se refletir, mas sempre, também, encontrando-os despedaçados. O corpo vulnerado é o corpo de quem já nasceu sendo arrastado e arrastando exílio s.” “Com essas menções, quero trazer para o presente do corpo as memórias de outros tempos e fundi-las com as destes: memórias minhas, alheias, apreendidas, roubadas ou inventadas... Memórias que estão marcadas no corpo como cicatrizes abertas. Fe ridas que muitas vezes não recebemos, mas que, de alguma maneira, nos lastimam. Nossos corpos ao Sul sabem disso e, mesmo que muitos o esqueçam ou o neguem, a carne e o sangue lembram.” Sobre a autora Maria Angélica Melendi nasceu em Buenos Aires , Argentina. Vive e trabalha no Brasil desde 1975. É Doutora em Literatura Comparada pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (1994-1999). Entre 1986 e 2015 foi professora da Universidade do Estado de Minas Gerais (Escola Guig nard) e do Departamento de Artes Plásticas da Escola de Belas Artes da UFMG. Atuou como pesquisadora nas Exposições Mulheres Radicais (Hammer Museum-Los Angeles; Brooklyn Museum-Nova Iorque; Pinacoteca de São Paulo) e Giro Gráfico (Museu Reina Sofia-