PLAY BECKETT: UMA PANTOMINA E TRÊS DRAMATÍCULOS DE SAMUEL BECKETT: ATOS SEM PALAVRAS II, COMÉDIA, CATÁSTROFE, IMPROVISO DE OHIO

SAMUEL, BECKETT
COBOGO

62,00

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Play Beckett – uma pantomima e três dramatículos reúne quatro peças de Samuel Beckett – Ato sem palavras II, Comédia, Improviso de Ohio e Catástrofe – publicadas pela primeira vez no Brasil. Em Ato sem palavras II, uma pantomima para dois atores, traduzida por Luana Gouveia, vemos as personagens A e B sendo impelidas a uma rotina idêntica, porém performada de maneira totalmente diversa. Em Comédia, com tradução de Rubens Rusche, as vozes de um triângulo amoroso – um homem, sua esposa e sua amante – dialogam em elaborado coro, presos em suas respectivas sepulturas, de onde podemos ver apenas seus rostos. Improviso de Ohio, traduzido por Leyla Perrone-Moisés, trata da perda de um ser amado, da relação a dois, quando só resta um. Seg undo a tradutora, “essa é talvez a única peça de amor de Beckett: amor que foi feliz, amor por/de alguém que já morreu e envia outro para confortar o que ficou. Outro que é a sombra desse alguém morto, sombra que é a imagem mesma do que ficou”. Ca tástrofe, também traduzida por Rubens Rusche, traz para a cena autoritarismo e manipulação. Esta é uma das poucas peças beckettianas de teor político explícito, a qual foi dedicada ao diretor teatral tcheco Václav Havel, naquele momento preso polític o. As peças aqui apresentadas, escritas entre 1956 e 1982, compõem o espetáculo Play Beckett, encenado pela Cia Instável, com direção de Mika Lins. O livro ainda traz uma apresentação da atriz Simone de Lucia e um posfácio sobre a tradução de Improviso de Ohio escrito por Leyla Perrone-Moisés. Trechos: Podia ele agora voltar atrás? Reconhecer seu erro e voltar para onde outrora por tanto tempo eles foram dois a sós? Dois a sós tudo partilharam. Não. O que ele fizera sozinho não pod ia ser desfeito. Nada do que fizera sozinho poderia nunca ser desfeito. Por ele a sós. (fragmento de Improviso de Ohio) A: [timidamente] Talvez uma... uma... mordacinha? D: [indignado] Mas que ideia! Essa mania de tudo explicar! Mordacinha! Que despropósito! Explicar tudo! Mordacinha! Que ideia! (fragmento de Catástrofe)