O triunfo das paixões: David Hume e as artimanhas da natureza humana

Dos Santos, Hamilton
ILUMINURAS

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A TEORIA SENTIMENTALISTA DE DAVID HUME: UMA FILOSOFIA PARA OS NOSSOS TEMPOS     Na era da visibilidade e do cancelamento, autor do clássico Tratado da Natureza Humana retorna para nos mostrar o peso das noções de reputação e simpatia na sociabilidade humana cada vez mais ameaçada pela imposição digital.     Um dos maiores filósofos da modernidade contestou o império da Razão nos campos do conhecimento e da moral, atribuindo às paixões, aos sentimentos, aos impu lsos, o governo da vida social e da própria ideia de justiça. Trezentos anos depois, suas ideias continuam vivas e dialogam com uma realidade social com a qual ele mesmo sequer poderia sonhar: a nossa.   É o que Hamilton dos Santos nos mostra em seu livro “O triunfo das paixões: David Hume e as artimanhas da natureza humana”. Mais do que nunca, nossa moralidade, política, propaganda, empreendedorismo, além de grandes indústrias como o esporte, a moda e os espetáculos, têm como eixo central um discurso calcado em paixões — são a compaixão, o ódio, a empatia, o êxtase, a vergonha, o orgulho, que estão na base de nossos valores. Um filósofo que soube depreender das paixões as ideias de justiça e de harmonia social, portanto, continua impr escindível. O livro é ao mesmo tempo uma introdução em linguagem acessível a um dos pensadores mais influentes de toda a história e uma análise aprofundada de sua teoria das paixões, resultado de uma pesquisa original defendida como tese de doutorame nto em Filosofia na Universidade de São Paulo.   Hamilton identifica, de maneira inédita, a centralidade da ideia de reputação no pensamento do escocês. A reputação é, ali, a forma geral das “opiniões que formamos acerca de nossos parentes, cole gas e modelos, até a avaliação pública de uma marca, empresa ou representante político”; em suma, ela diz respeito “ao valor (positivo ou negativo) que algo ou alguém tem aos nossos olhos — seja no âmbito particular, seja no público”. Ora, se a reput ação, conduzida sobretudo pelo princípio da simpatia, é o elo que conecta nossas paixões em uma dinâmica social, é ela também que deve estar na base de um conceito de justiça que emerja da complexidade das sociedades passionais. “Reside aí a coerênci a do método científico humiano”, dos Santos nos explica, “ele mostra o esforço sensível de encontrar o fundamento de uma natureza imaginada onde se enraízem, na experiência, ideias que somos capazes de inferir da [nossa] imperfeição: a constância, a